Comentário ao Evangelho do Dia – 02 de janeiro

02/01 – Quarta-feira Tempo do Natal antes da Epifania

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

João Batista não aceitou ser considerado “Messias”, nem “Elias”, nem “o profeta”. Não quis semear a confusão. Ele se define com “voz que grita no deserto: aplainai os caminhos do Senhor”. Ele é humilde para reconhecer que depois dele virá alguém que os seus interlocutores não conhecem do qual não é digno de “desamarrar a correia das suas sandálias”. Lembremos aqui a lei do levirato (a sandália tinha uma função simbólica no casamento com a cunhada). Começa-se a se insinuar que Jesus é o Messias esposo. João se define como o amigo do esposo. Jesus é o Esposo.

Vivemos atualmente grande confusão pela propaganda do Anticristo. Ele não é um indivíduo único, mas um coletivo ou uma pluralidade. E isso pode torná-los ainda mais perigosos e mais difíceis de serem identificados. Eles, até mesmo, podem brotar do seio da comunidade cristã como os falsos profetas de Israel.

Como fazer para distinguir o Messias verdadeiro dos falsos messias? Na primeira epístola de João encontramos um critério claro: “o Anticristo é aquele que nega que Jesus é o Cristo”. O critério é simples: aceitar que Jesus é o messias com todas as suas consequências.

Além desse critério, João nos aponta a “unção”. A sua unção vos ensina tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa. Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele.

Por fim, para distinguir o Messias do Anticristo, João nos aponta a tradição doutrinal que nós recebemos dos apóstolos. Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o Pai.

Nesse tempo do natal, temos que lutar com muita propaganda que concorre com Cristo. Por isso é oportuno, ouvir mais o Espírito que nos foi dado e a tradição da Igreja. Rezar mais e conhecer mais profundamente a doutrina que nos foi transmitida pelos apóstolos e seus sucessores.

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