Deus nos ensina: o mundo está cheio de mentiras… dos outros.

Sabe aqueles vendedores de garrafinhas de água nos semáforos?  Alguns são sérios, honestos, e vendem as suas garrafinhas de água gelada que compraram, e ganham seu dinheiro pelo trabalho que realizam honestamente. Outros, são absolutamente desonestos, e enchem garrafinhas vazias com água da torneira, vedam novamente as tampinhas, e as vendem como se fossem de boa procedência.

Qual a diferença entre os dois tipos de vendedores? Nenhuma do ponto de vista exterior, mas completamente diferentes do ponto de vista interior, de suas almas. Foi destes que Jesus disse: “Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23,28).

Mentiras também são desta classe, sejam elas de origem que forem (como os vendedores desonestos dos semáforos, ou políticos ou empresários). Assim como promessas que nunca serão cumpridas, sejam elas de dentro dos lares, sejam elas publicamente estabelecidas, até dentro de cartórios de tabeliães.

Também estão dentro das pequenas corrupções, aquelas que ocorrem no nosso cotidiano: fazer barulhos em locais proibidos, como hospitais ou asilos, atravessar fora das faixas de pedestres, permitir que filhos colem nas provas, ou que mintam para justificar suas faltas, ou atestados falsos de saúde para justificarem suas faltas desnecessárias ao trabalho, e tanto mais.

Enfim, Jesus não estabelece a que tipo de falta Ele se refere, mas a qualquer falta que pareça ser justa aos nossos olhos, que justifiquem os nossos atos errados, mas que possam parecer ser corretas ou justas. Em quaisquer destes casos: hipocrisia e iniquidade.

Talvez seja hora de pararmos para pensar em quanto somos responsáveis pela nossa sociedade, tão corrompida em seus valores, e tão criticada por nós mesmos…

“Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23,28).

Por: Gilson Delgado

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