Comentário ao Evangelho – Sexta-feira 25/09/2020

Sexta-feira da 25ª Semana do TC

Lc 9, 18-22

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É importante cair na conta que a confissão de Pedro se dá no contexto da oração. Isso mostra que para além da confissão dos discípulos por meio de Pedro está uma profundidade insondável e misteriosa. A confissão de fé de Pedro nos abre para a profundidade e para a amplidão do mistério de Jesus. Ele é de fato o Messias, mas essa confissão não deve se limitar ao que já se conhece de verdadeiro sobre o Messias. É preciso estar aberto ao que o próprio Jesus revelará de seu messianismo.

Em outras palavras. Os discípulos já tinham um conhecimento inicial da missão e da figura do Messias. Com efeito, os profetas prometeram a vinda do Messias e toda a história do povo de Deus era uma preparação para tal vinda. O problema ocorre quando Pedro e os discípulos pretendem enquadrar Jesus nos estreitos limites do que eles sabiam de verdadeiro a respeito do Messias.

A pergunta de Jesus (quem dizeis que eu sou?) é provocadora e desafiadora. Cada um tem uma resposta. O povo, com todo o seu entusiasmo, não passa do nível profético ou do nível de João Batista. Pedro responde como cabeça do grupo dos discípulos. Com efeito, foi a eles que Jesus deu a conhecer os mistérios do Reino de Deus.

Que tipo de messias é Jesus, porém, só será revelado no momento da paixão. É isso o que Pedro e os discípulos não têm abertura de coração para entender. Jesus deve, portanto, insistir que o desígnio de Deus conduzirá o Messias à glória através da paixão e morte.

Essa predição de Jesus tem consequências para os apóstolos e discípulos de Jesus. Aceitar esse caminho e seguir Jesus nesse caminho decide o destino final dos discípulos de Jesus. A cruz está plantada no nosso seguimento de Jesus. As cruzes cotidianas também fazem parte de nossa vida cristã.

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Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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