Comentário ao Evangelho – Sexta-feira 17/07/2020

Sexta-feira 15a semana TC

Mt 12, 1-8

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Os fariseus recriminam Jesus, porque os seus discípulos fazem o que não é permitido no sábado: eles colhem espigas para comer. Os fariseus impunham práticas religiosas pesadas com suas interpretações legalistas da Lei de Moisés. De fato, esse é o jugo pesado muito diferente daquele jugo que Jesus veio para oferecer.

A instituição do sábado é uma instituição religiosa muito boa. Visa garantir o descanso de todas as pessoas e ser uma imitação do descanso divino. Infelizmente de uma lei humanitária e religiosa, a instituição do sábado, por causa da interpretação farisaica, se tornou uma instituição opressiva. Em vez de servir o homem, o sábado se tornou uma instituição que devia ser servida pelo homem. O descanso sabático tinha se tornado tão pormenorizadamente regulamentado que até os passos que podiam ser dados no sábado já estavam determinados.

A cena do evangelho de hoje é muito significativa. Os fariseus falam que o que os discípulos de Jesus fazem é um trabalho proibido no dia de sábado. Ora, quem é que pode considerar trabalho o fato de apanhar algumas espigas para saciar a fome? A resposta de Jesus mostra o ridículo dessa interpretação legalista do repouso sabático.

Jesus mostra aos fariseus que o descanso sabático não é uma lei absoluta. Tem limitações essenciais impostas por duas razões.

  1. A necessidade humana está acima da lei do sábado, como mostra o caso de Davi e dos seus homens.
  2. A necessidade cultual, pois o trabalho dos sacerdotes no templo é necessário também no sábado.

Por fim, essa polêmica sobre a interpretação do descanso sabático, dá a oportunidade para Jesus revelar sua autoridade messiânica. Ele é Senhor do sábado e por isso está acima dele.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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