Comentário ao Evangelho – Quinta-feira 26/03/2020

4ª Semana da Quaresma – ANO A

Ex 32,7-14

 

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O comentário de hoje se refere à 1ª leitura.

As Sagradas Escrituras falam antecipadamente do mistério de Cristo. É isto que podemos ver no trecho do Êxodo. Após o pecado do povo, Deus planeja destruir o povo e propõe que Moisés seja o pai de uma nova estirpe de um povo novo. O povo provou que está completamente pervertido e é necessário extirpá-lo. Deus, porém, quer realizar os seus desígnios, por isso propõem que Moisés seja o início de um novo povo.

Moisés, no entanto, não aceita a proposta de Deus: “Se queres destruir o teu povo, então cancela-me do livro da vida”, isto é, suprime também a mim. Esta atitude de Moisés é de total solidariedade para com seu povo. É esta solidariedade que alcança a salvação do próprio povo. Tudo isto podemos interpretar como prefiguração daquilo que acontecerá no mistério de Cristo.

No mistério de Cristo todas estas coisas se realizam de forma extraordinária e inesperada. Deus, na morte de seu Filho, “destrói o povo” (a morte de Cristo é a destruição do mundo velho, do homem velho). Mas não é pura destruição, porque esta morte produz uma ressurreição. Jesus é, portanto, o novo Moisés que aceita morrer com o povo e para o povo. É também o novo Moisés que se tornará uma grande nação. “Farei de ti uma grande nação”. Esta promessa se realiza na ressurreição de Cristo.

As Escrituras assim mostram como, na paixão e ressurreição de Jesus Cristo, as promessas de Deus se realizam de um modo que ninguém podia prever: é a Boa Nova de Jesus Cristo.

A compaixão é uma característica essencial da misericórdia de Deus. Com efeito, Deus tem compaixão de nós. O que significa? Padece ao nosso lado, sente os nossos sofrimentos. Compaixão quer dizer “padecer com” (Texto-base, CF 2020, 46).

 

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

 

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