Comentário ao Evangelho – Quarta-Feira 29/04/2020

Terceira Semana da Páscoa – ANO A

Jo 6, 35-40

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Existem momentos na vida em que sentimos mais agudamente a fragilidade da vida, a sua precariedade.

Jesus se revela como o pão da verdadeira vida. Ele não despreza a vida corporal: curou os doentes, ressuscitou os mortos. Mas o que ele deseja nos dar é a plenitude da vida. Ele não é somente o pão que nos faz sobreviver, mas o pão que nos faz reviver. O pão conserva a vida, mas não nos mantém na vida; é Jesus quem nos dá de novo a vida. E essa é a vontade do Pai: “esta é a vontade de quem me enviou, que eu não perca nenhum daqueles que me deu, mas o ressuscite no último dia”. Jesus é o pão da vida porque nos leva à ressurreição.

Somente ele pode realizar tal obra porque ele próprio ressuscitou: “Eu dou a minha vida, para depois retomá-la. Ninguém tem o poder de tirá-la, mas sou eu que a ofereço. Eu tenho o poder de oferecê-la e de retomá-la de novo”. Jesus abriu um caminho através da morte até a ressurreição, porque para ressurgir era necessário aceitar a morte para superá-la.

Dando-nos o seu corpo na Eucaristia, Jesus nos comunica a sua vida de Ressuscitado. A eucaristia normalmente não nutre a vida do corpo. Ela insere e nutre em nós a vida do Cristo ressuscitado: é garantia de ressurreição. E o caminho da ressurreição que Jesus percorreu por primeiro consiste no dom de si mesmo até a morte. Jesus é vida e ressurreição porque se doou até o fim. Assim receber a eucaristia é receber aquele que se ofereceu por nós até a morte, é receber o alimento que nos dá forças para seguir o mesmo caminho de Jesus.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

 

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