Comentário ao Evangelho do Dia – 13 de setembro

13 de setembro (5ªf. da 23ª do TC)

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

Depois de proclamar as bem-aventuranças, Jesus apresenta o comportamento das pessoas que acolheram a sua graça e a sua misericórdia. É significativa esta ordem: primeiro as bem-aventuranças, depois as obrigações que decorrem das bem-aventuranças. Primeiro Jesus proclama o amor de Deus pelos pobres, famintos e aflitos; depois explica como devem viver os que são amados por Deus. Primeiro vem o indicativo (o que nós somos: somos amados, desejado, esperados por Deus) e desse indicativo decorre o imperativo (o que devemos fazer como amados por Deus).

O evangelho de hoje, portanto, nos ajuda a recordar como Deus nos ama. Deus é aquele que me amou quando era o seu inimigo! Ele foi o primeiro a oferecer a outra face: depois de ter sido rejeitado nos profetas, o Pai não poupou o seu próprio Filho para que eu não me perdesse! Ele não só deixou que tomássemos o manto dos profetas, mas permitiu que tomássemos também a túnica de seu Filho. Ele nos fez o supremo bem, sem esperar receber a recompensa! Ele emprestou sem exigir coisa alguma em troca.

Se achamos que as exigências de Cristo são grandes, lembremo-nos que foi o Pai por primeiro a colocar em prática o que é exigido de nós. Deus concorre maravilhosamente com o ser humano no amor e na misericórdia!

As exigências de Jesus só podem ser entendidas e acolhidas na perspectiva de que Deus nos amou por primeiro.

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