Catedral Metropolitana celebra missa a favor da Vida: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos”

O dia 14 de agosto foi celebrado especialmente a favor da vida na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Ponte. A convocação foi feita a todos os cristãos para rezarem em defesa da vida e da família, e para que não seja aprovada a descriminalização da interrupção voluntária da gestação até a 12ª semana da gravidez. Também se fizeram presentes neste ato pela Vida autoridades representativas do Executivo e do Legislativo, entre eles o prefeito municipal acompanhado da primeira-dama.

Em sua homilia, Dom Julio referiu-se ao Evangelho de São Mateus, parte do calendário litúrgico da Igreja – onde se discutia quem é o maior no Reino dos Céus – e que foi bastante apropriado para a celebração, mesmo não tendo sido especialmente escolhido para esta data.

Disse Dom Julio: “Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio dos discípulos e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe”. Jesus faz isso para apontar a criança como modelo de humildade. Jesus revela que para ser grande é preciso se converter – a criança é apontada não como modelo de inocência, mas de humildade. A criança não tem pretensões, sabe que é criança e aceita sua pequenez, sua impotência diante da vida. As crianças são modelos de humildade porque não se consideram menos do que são. Mas também não se consideram mais do que são. O gesto e a palavra de Jesus nos convidam a passar para a realidade, da família humana para a família de Deus, o Reino. É exatamente essa a nossa alegria e dignidade: nos reconhecer como crianças diante do Pai, nós somos filhos. No versículo seguinte Ele diz: “E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe”. É o próprio Jesus que se identifica com aquela criança”.

Reconhecer-se como filhos de Deus tem como consequência reconhecer que também os outros são filhos de Deus. “É por isso que Jesus adverte: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”. Recentemente foi realizada uma Audiência Pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do aborto no Brasil. Será que legalizar o aborto é a solução? Que sociedade é essa que considera normal atentar contra a vida humana já no seio de sua mãe? Que sociedade vamos construir se decretamos por lei que até 12 semanas a vida humana não é vida humana?”, acrescentou o arcebispo.

E finalizou: “Argumenta-se também que qualificar o aborto voluntário como crime limita os direitos fundamentais da mulher. Infelizmente o que está na base desse argumento é uma visão destorcida da realidade. Voltando ao Evangelho vamos lembrar: ‘não desprezeis nenhum desses pequeninos”. Jesus nos adverte para não desprezar nenhum desses pequeninos, ainda que tenham centímetros de tamanho, pequeninos cujo coração bate muito baixinho e que ainda não viram a luz deste mundo. Rezemos para que não nos venha esta vergonha diante de Deus. Que a face do Pai não seja manchada por uma mortandade que só vai aumentar com a legalização do aborto. Mobilizemo-nos para que não nos seja imposta uma lei tão injusta para com os mais frágeis, os vulneráveis que são os nascituros”.

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Leia a homilia na íntegra.

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